No dia 3 de novembro, acontece a Eleição Presidencial dos Estados Unidos. Na data, os eleitores norte-americanos vão às urnas escolher o seu presidente. A disputa deste ano é entre o atual presidente Donald Trump e o democrata Joe Biden. Assim como no Brasil, as eleições presidenciais norte-americanas ocorrem a cada quatro anos e a votação é secreta. No entanto, o sistema de eleições dos Estados Unidos possui algumas diferenças, sendo as principais a modalidade de voto e o caráter indireto das eleições.
Nos Estados Unidos, o voto é facultativo: os cidadãos estadunidenses não são obrigados por lei a comparecer às urnas nos dias de votação. Caso o cidadão opte por não votar, a atitude não acarreta em qualquer prejuízo e nem exige apresentação de justificativa. Além disso, as eleições nos Estados Unidos são indiretas. Diferente do Brasil, onde os votos dos eleitores são somados e assim é concluído o vencedor do pleito, nos Estados Unidos não basta ter a maioria dos votos diretos para vencer a eleição. Isso acontece porque os votos dos cidadãos são encaminhados para os chamados delegados no Colégio Eleitoral. Cada estado norte-americano tem uma quantidade de delegados de acordo com o número de habitantes. Ou seja, estados mais populosos possuem mais delegados. A Califórnia, por exemplo, estado mais populoso do país, está dividida em 53 distritos eleitorais. Já o Kansas, com menos de 3 milhões de pessoas, tem apenas quatro distritos eleitorais. Os delegados representam os eleitores do seu estado, confirmando a maioria dos votos populares em determinado candidato.
Para um candidato vencer uma eleição presidencial nos Estados Unidos, é preciso conquistar a maioria dos votos dos delegados que compõem o Colégio Eleitoral – pelo menos 270 dos 538 em disputa. Assim, o sistema eleitoral dos EUA dificulta as previsões de quem ganhará as eleições atuais. Por mais que o candidato Joe Biden apareça à frente nas pesquisas, ainda é possível que Trump consiga se reeleger mesmo perdendo nas urnas. Foi o que aconteceu nas eleições de 2016, por exemplo. No ano, Hillary Clinton teve mais votos, mas não foi eleita no Colégio Eleitoral e Donald Trump virou presidente. Em 2020, a pandemia de covid-19 reforçou outra peculiaridade das eleições dos Estados Unidos: os votos antecipados. No dia 2 de novembro, véspera do dia oficial da eleição, mais de 95 milhões já haviam registrado sua preferência, tanto presencialmente quanto pelo correio.
Por mais que pareça distante de nós, as eleições dos Estados Unidos impactam o mundo todo e, especialmente, o Brasil. As relações comerciais e diplomáticas mudam a cada governo, o que reflete diretamente na sociedade brasileira.
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